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quarta-feira, 3 de março de 2010

A Cidade de Criciúma

História

O nome Criciúma deriva de uma gramínea brasileira (Criciuma asymmetrica, que é aparentada com a Chusquea ramosissima), que aparenta um bambu.

A sua colonização ocorreu no século XIX por italianos, que instalaram a primeira mina de carvão do sul do país. Durante os anos 1960 a atividade carbonífera foi a principal fonte de renda do município.

O município é conhecido por ter sido palco de grandes greves gerais, patrocinadas principalmente pelos trabalhadores das minas de carvão. A industrialização tardia do Brasil não impediu que em determinadas cidades, como foi o caso de Criciúma, surgisse um movimento operário forte e organizado, enquanto classe. Em jornais de estatura nacional da década de 1980, Criciúma foi chamada por vezes de Cuba brasileira.

Apesar da colonização basicamente ser de origem italiana e católica, Criciúma passou por uma espécie de Reforma Protestante em micro escala, a partir da década de 1980, havendo substancial aumento da proporção de protestantes, principalmente do ramo pentecostal. Segundo dados do Anuário Pontifício da Santa Sé, 82,9% da população de abrangência da Diocese de Criciúma é católica.

Em 7 de dezembro de 2000 tornou-se cidade-irmã de Vittorio Veneto, localizada na Itália[carece de fontes?].

Economia

Criciúma foi classificada em dezembro de 2002 pela Revista Exame/Agência Simonsen Associados como a 42ª melhor cidade do Brasil para se fazer negócios (era a 37ª em 2001 e a 27ª em 1999/2000).

Tal fato decorre do município ser pólo nos setores da indústria de plásticos e descartáveis plásticos, indústria química, metal-mecânica, confecção, cerâmica, colorifícios e extração mineral, além de grandes redes de supermercados de atuação estadual.

A cerâmica, o vestuário, a metal-mecânica e o plástico são os principais segmentos. A cerâmica tem dimensão internacional, competindo com a Itália e a Espanha no mercado mundial. A indústria de descartáveis plásticos é a mais importante do país, respondendo por cerca de 90% da produção nacional de copos, pratos e bandejas plásticas. O vestuário representa o terceiro pólo de jeans do Brasil. A indústria metal-mecânica é a única de envergadura regional, porém pela preocupação que tem demonstrado com os programas de qualidade, tende a obter reconhecimento mais amplo.

O comércio da região é fortemente concentrado em Criciúma, que detém 2.759 estabelecimentos comerciais, ocupando 18% da mão de obra empregada diretamente. Criciúma é um referencial de compras de produtos da região, especialmente do setor vestuarista.O Criciuma Shopping está localizado no bairro próspera, é um empreendimento com 16,5 mil m² de área construída e 14 mil de ABL. Seu mix inclui 2 lojas âncoras, 100 lojas satélites, 2 salas de cinema, 11 operações de fast food, 2 restaurantes e mais de 900 vagas de estacionamento,apesar de este não suprir as necessidades do município,que já foi mapeado por um grupo de empreendedores afim de implantar na cidade um shopping proporcional ao tamanho da cidade.

Rodovias

Mapa rodoviário de Criciúma. Em verde, as rodovias estaduais; em rosa, a BR-101.Criciúma não é suprida por uma rodovia federal, senão tangencialmente pela rodovia BR-101 na região Sul do Município.

Concernente a rodovias estaduais, todavia, é o município mais bem suprido do estado, sendo cortado ao centro pelas rodovias SC-443, SC-444, SC-445, SC-446, e quase ao centro pela SC-447. O seu mapa rodoviário, por causa disto, bem lembra um asterisco. Nenhuma das rodovias é duplicada, causando problemas de comunicação em virtude do forte tráfego.

Com a duplicação da BR-101 Sul, a tendência é a abertura de uma via expressa, ligando o centro à rodovia federal, o que permitirá uma melhor infra-estrutura à indústria e comércio locais.

Malha Ferroviária

Ferrovia Tereza Cristina.O município é cruzado pela Ferrovia Tereza Cristina, que serve para o transporte do carvão mineral das minas para o porto de Imbituba. A obra foi concluída no sul do Estado em 1884, com a extensão de 112 km, por meio de uma concessão obtida pelo Visconde de Barbacena. Atualmente a ferrovia não conta mais com a importância do passado, mas apresenta grande valor na cultura local.

No entanto são notáveis os esforços do poder público e da iniciativa privada da região de Criciúma para a melhoria das condições de transporte da ferrovia, hoje utilizada também para o transporte de revestimentos cerâmicos produzidos nas indústrias da região. Atualmente em fase de captação de recursos há o projeto para a construção de um porto-seco, que aumentaria o poder logístico da ferrovia e a eficiência no transporte de cargas para o Porto de Imbituba. Há também o projeto para a interligação da Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina com a Rede Ferroviária Nacional.

Porto seco

Ainda em projeto, será implantado em Criciúma um porto seco [1], com o objetivo de centralizar o tráfego de veículos pesados para fora do centro da cidade. Denominado "Porto Seco - Cidade dos Transportes" será localizado na divisa com o Município de Içara, na Rodovia Primeira Linha, com acesso à Ferrovia Tereza Cristina. Objetiva-se, ainda, a construção de um Terminal Intermodal de Cargas que fará a documentação de exportação dos produtos com destino ao Porto de Imbituba, utilizando esta estrutura e escoando as mercadorias pela via férrea.

Aeroportos

O aeroporto que supre o Município de Criciúma é o Aeroporto Diomício Freitas, localizado no Município de Forquilhinha, porém historicamente pertencente a Criciúma. O Aeroporto passou a ser administrado pela Infraero a partir de março de 2006. A empresa firmou convênio com o Governo do Estado de Santa Catarina para prestação de serviços de administração, operação, exploração, manutenção e desenvolvimento da infra-estrutura daquele terminal. Até então, o aeroporto estava sob administração do Governo Estadual.

Localizado em área territorial do município de Forquilhinha, nas proximidades das rodovias SC-443 e SC-446 que interligam a cidade de Criciúma com as cidades de Forquilhinha, Meleiro e outras cidades da região sul de Santa Catarina, e com a BR-101, o aeroporto funcionará como agente facilitador do escoamento de cargas e de produtos perecíveis e do deslocamento de turistas de negócios.

Por conta de problemas logísticos o aeroporto não opera vôos comerciais, gerando críticas constantes da imprensa local no concernente à sua efetividade. Conta apenas com um vôo da empresa regional NHT, pois o da TAM teve que ser cancelado para que possa ser ampliada a pista do aeroporto.

Evolução Populacional

1940 - 27.753
1950 - 50.854
1960 - 61.975
1970 - 81.451
1980 - 110.597
1981 - 104.854
1982 - 109.086
1983 - 113.333
1984 - 117.569
1985 - 121.790
1986 - 125.973
1987 - 130.095
1988 - 134.132
1989 - 138.065
1990 - 141.903
1991 - 146.320
1992 - 148.637
1993 - 153.950
1994 - 156.271
1995 - 158.524
1996 - 159.101
1997 - 162.286
1998 - 164.974
1999 - 167.658
2000 - 170.420
2001 - 173.268
2002 - 175.491
2003 - 177.841
2004 - 180.188
2005 - 185.518
2006 - 188.232
2007 - 190.923
2008 - 187.018
2009 - 188.557

Principais eventos

Carnaval Cidadão, em fevereiro
Feira do Livro, em agosto
Festa das Etnias, em setembro
Festival Internacional de Corais, em novembro
Festa de Santa Bárbara, a padroeira dos mineiros, em dezembro

Cultura

Academia Criciumense de Letras
A Academia Criciumense de Letras foi criada no dia 14 de novembro de 1997, em solenidade realizada no Teatro Municipal Elias Angeloni, com a presença de vinte e cinco acadêmicos. Localiza-se no Centro Cultural Jorge Zanatta. Hoje, consolidada na cultura regional, é responsável pela organização do maior concurso literário de Santa Catarina: o Concurso Literário da Academia Criciumense de Letras.

Desde o ano de 1998 a academia publica anualmente sua revista acadêmica, contendo as obras vencedoras de seu concurso literário, além de trabalhos escritos pelos próprios acadêmicos.

Para a criação de sua logomarca foi realizado um concurso público, que teve como vencedor Drayton Ignacio da Silva Junior, um designer conhecido e respeitado na região. Trata-se do desenho do bico de uma caneta, em preto, com os 4 blocos diagonais, no seu interior,em branco, que é o símbolo da cidade de Criciúma.

Teatro Municipal Elias Angeloni

Ver artigo principal: Teatro Elias Angeloni
É a maior sala de espetáculos do sul de Santa Catarina, com capacidade para 730 pessoas.

Centro Cultural Jorge Zanatta

Centro Cultural Jorge Zanatta.Foi construído em 1945, a fim de abrigar o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Durante a Ditadura Militar serviu como um pequeno presídio para as pessoas que eram acusadas de comunistas no município. Anos depois tornou-se sede do Conselho Nacional do Petróleo (CNP). Hoje, sob a administração da Fundação Cultural de Criciúma, o prédio abriga a Academia Criciumense de Letras, pinacoteca, galeria de arte, além de oficinas culturais que são oferecidas à população, como aulas de teatro, piano, violão, entre outros.

Apesar de não ter grandes belezas naturais, Criciúma possui um acervo de atrações turísticas que exploram os valores histórico-culturais do município. Um exemplo é o Museu de Colonização Augusto Casagrande, inaugurado em 1980, em comemoração ao centenário de Criciúma. Funciona num antigo sobrado tipicamente italiano, no centro da cidade. Seu acervo compõe-se de fotografias, documentos, móveis, utensílios domésticos e ferramentas de trabalho utilizadas pelos imigrantes italianos no século XIX e início do século XX.

A Catedral São José é outro ponto turístico, localizada na Praça Nereu Ramos, coração do município. Sua construção foi iniciada em 1907 e sua inauguração ocorreu dez anos depois, em 1917. Sua arquitetura seque o estilo romano gótico, com traços simples e funcionais. A nave da igreja é dividida por um conjunto uniforme de colunas. Atualmente, em comemoração ao seu centenário, a catedral está sendo ampliada e revitalizada. As igrejas de Nossa Senhora da Salete e de São Paulo Apóstolo, com suas arquiteturas arrojadas e imponentes, também são importantes atrações do município.

Criciúma é a único município do país a ter uma mina aberta à visitação pública. A Mina Modelo Caetano Sônego é uma antiga mina de carvão situada a poucos minutos do centro do município.

Já para quem procura estar mais próximo à natureza, uma boa opção é o Centro de Educação Ambiental, localizado no Morro do Céu. Lá o visitante pode aprender sobre educação ambiental e aventurar-se por longas trilhas, em meio a um trecho de Mata Atlântica preservada.

Feira do Livro
Coordenado pela Fundação Cultural de Criciúma (FCC) e com apoio da Academia Criciumense de Letras e do Centro de Atendimento à Literatura e Língua Portuguesa (CALP), a Feira do Livro de Criciúma acontece no mes de agosto na Praça Nereu Ramos,centro da cidade, onde são expostas, divulgadas e comercializadas as mais diversas obras literárias, tendo a duração de uma semana.

Durante o evento temos diversos palestrantes, sessão de autógrafos dos escritores locais, shows de corais, exposição de pinturas e apresentações teatrais.

A criação da logomarca da Feira do Livro se deu no seu segundo evento, em 6 de agosto de 2007, através de um concurso público promovido pela FCC, em que teve como vencedor o projeto apresentado pelo designer gráfico Drayton Ignacio da Silva Junior. Trata-se da representação figurativa em que duas mãos seguram um livro aberto, com a inscrição do símbolo da cidade em sua parte frontal.

Festival Internacional de Corais de Criciúma

Criado pela Associação Coral de Criciúma, o Festival Internacional de Corais de Criciúma - FICC é um marco na cidade de Criciúma e no estado de Santa Catarina. É coordenado por uma Comissão Central Organizadora composta de membros da sociedade criciumense, amantes da música coral.

O festival é realizado anualmente na última semana de novembro. Dele participam corais locais, estaduais e estrangeiros. Além das apresentações no Teatro Municipal Elias Angeloni são realizadas apresentações paralelas em escolas, praças, igrejas, centros comunitários e espaços públicos, assim com as Extensões do FICC, que são espetáculos realizados em outros municípios. Ao lado das apresentações musicais o festival está orientado também para capacitação através da realização de oficinas para coralistas e ações para difundir o canto coral nas escolas.

No ano de 2006 o FICC foi agraciado com a Medalha de Mérito Cultural "CRUZ E SOUSA", conferida pelo Governo do Estado de Santa Catarina.

Festa das Etnias

A Festa das Etnias[6] é um evento da cidade de Criciúma, no estado de Santa Catarina, existente há 19 anos[7].

Esse evento mantém as tradições étnicas e tem como principais objetivos promover as manifestações culturais e integrar os colonizadores de Criciúma, repassando assim sua história e tradições. A festa ajuda a movimentar o turismo no sul catarinense e tem expectativa de 80 mil visitantes.

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